A muito que diz-se ser desnecessário definir design. Por um momento cheguei a concordar com este pensamento.
Ora, existe um enorme perigo em pensarmos estar fazendo design sem nem ter noção do que seja design. Ouvimos, lemos e afirmamos que design é projecto, evidentemente, pelo facto do designer ser um projectista. Ok! Mas isso não diz nada sobre o que realmente é design, porque projecto pode ser qualquer coisa. E é ai que reside o problema. Não há nenhuma delimitação nessa definição. E geralmente essa definição é encontrada nos dicionários que nada tem a ver com design.
Segundo uma das regras do método cartesiano: “Não devemos aceitar nunca qualquer coisa sem a conhecermos evidentemente como tal.” No entanto, aceitar que design seja projecto sem saber o conceito enraizado na sua entranha é um meio de se sentir confortável na ignorância.
E a ignorância no campo de design é um meio que influencia directamente os micreiros (operadores de softwares sem base teórica de design), e até profissionais a usufruírem do método artistico-romantico na concepção de qualquer obra, cuja preocupação é colocar o maior número de elementos com vista a alcançar “beleza” através da ornamentação desnecessária e muita das vezes trazendo soluções que nada tem a ver com as reais necessidade dos problemas que são solicitados a resolver.
Tenho partilhando conteúdos na minha página do facebook sobre a importância de ter noção dos fundamentos básicos de design como é o caso de ponto, linha, movimento, etc. Para poder entender a relevância dos fundamentos no campo de design, importa ter noção do que seja design, principalmente para quem está iniciando ou está se formando.