“Design é a própria comunicação” – Cristina Tavares
Design existe para um determinado propósito, que é de solucionar os problemas sociais que nos são colocados no dia-a-dia. Quando o problema é minuciosamente estudado, há maior chances de ser bem composta e, quando isso acontece, o resultado final adquire um valor psicológico e a chance de ser bem sucedido torna-se maior, contribuindo no papel decisivo na construção de valores que ajudem a engrandecer a sociedade.
Na competição entre empresas, design está sendo usado como arma fundamental para estabelecer contacto directo com o público, e nesse acto, vence quem souber fazer o uso. Nessa maratona desenfreada, há os que fazem o uso adequado dessa arma possibilitando inovações no vocábulo visual através do uso de elementos que expressam o espírito da vida quotidiana, e as outras, aos poucos, vão se afundando por não possuírem sistemas visuais consistentes, transmitindo impressões ambíguas, pois a maior preocupação é gritar mais, em outras palavras, encontram-se em conflitos constante entre si por seguirem tendências efémeras, e como resultado elas permanecem um caos e sem essência, falta de identidade.
Nessa competição entre empresas, quando os designers pensam no propósito a longo prazo são capazes de estabelecer uma linguagem legível e original – entendendo-se neste sentido, original, como sendo resultado de uma projecção coerente para o que se pretende, e esse contacto é estabelecido através da sedução. Sedução essa que permite a fidelização.
Importa salientar que essa sedução descarta a intervenção da razão por meio do condicionamento através do uso de símbolos universalmente conhecidos, possibilitando uma leitura rápida e que a interpretação seja mais suave e sem erros por parte dos espectadores. O erro na interpretação só poderá ser evitado pela atenção que deverá ser prestada na hora da concepção do projecto pelo designer. Portanto, na hora da projecção o designer deve fazer um estudo aprofundado sobre o produto e a linguagem que o público poderá compreender para, deste modo, empregar uma linguagem que será facilmente descodificada. Caso não se cumpra esses requisitos, as empresas podem agredir os espectadores, ou seja, fazer com que os espectadores vejam o que lhes é expostos, porém, de forma forçada o que poderia ter sido evitado através da atenção por parte dos designers.
Imagem: David Carson
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