A democratização do design gráfico é um fenômeno que tem ajudado várias pessoas no que diz respeito ao acesso a fonte de renda, na época actual, assim como na autonomia dos que possuem um negócio e precisam de uma forma visualmente “bonita” para apresentar os seus serviços ou produtos e, para acrescentar, no âmbito académico, possibilita maior interacção entre os autodidatas e os formandos. Este facto pode ser observado em diversos países, tanto nos denominados países desenvolvidos, como nos países em via de desenvolvimento.
A democratização do design gráfico pode ser percebida em duas vertentes: como ao acesso a ferramentas, e ao acesso a fundamentos teóricas de design. Sendo a primeira o mais acessível e o mais acessado, numa época dinâmica onde as técnicas, como fruto da necessidade humana de melhorar e facilitar a vida dos homens, são aprimoradas a cada dia. O que devia ser solução tende a ser um problema, isto porque somos constantemente colocados em situações onde a cada actualização há invalidação do que já se sabia.
As informações existentes sobre o uso de ferramentas têm contribuído para o fenômeno que vem se tornando tendência, essa que gera soluções desprovidas de senso crítico e, como consequência pouco contribui para o intelecto do espectador, isto é, o processo contraintuitivo é quase ignorado a favor do senso comum. Sem contar que a cada açcão efectuada nos softwares actuais, permite maior variedades de “resultados”, estes que são muitas vezes folclóricas desprovidas do senso estético (o sentido estético referenciado pelo Heggel – na qual a forma e o conteúdo devem ser os pilares de qualquer projecto de de comunicação).
Por outro lado, apesar da existência de mais recursos inerente a fundamentos teóricos de design gráfico, comparado ao acesso dos softwares, eles são menos acessados. Facto este que contribui para o declíneo céptico no âmbito da concepção de peças gráficas. Acomposição da linguagem visual se dá no casamento entre o processo intuitivo e contraintuitivo.
Portanto, tanto as ferramentas como os fundamentos são importantes para os profissionais de design. E o que tem se constatado é a priorização das ferramentas em detrimento dos fundamentos e, podia se questionar sobre o poder da influencia do tempo sobre essas duas vertentes do design gráfico.
Durante a história e a evolução do design gráfico é possível notar que o que mais sofre transformações constantes são as ferramentas, ao passo que o processo conceptual, em si, se apoia nos fundamentos pré-estabelecidos como a hierarquia, luz, escala, color e etc estes segundos apresentam um carácter atemporal.