Uma solução no design gráfico pressupõe, antes de mais, uma ideia. E a questão que nos possa surgir é a seguinte: será que existe uma fórmula que nos ensine sobre como e de onde é que as ideias surgem? A resposta imediata seria não; não existe uma fórmula pelo simples facto de as ideias serem fruto da experiência de quem as a materializa.
Entretanto, o designer gráfico tem de buscar afastar-se daquilo que é o seu gosto pessoal, e focar-se no problema em questão para que possa responder ao que lhe foi proposto. Importa salientar que uma solução quando percebida de forma independe deve satisfazer a necessidade que a originou, por exemplo, quando nos é colocado o desafio de elaborar um projecto, este deve reflectir as expectativas do cliente; portanto, antes que se avance com a concepção é necessário que as duas partes conversem com o objectivo de estabelecer limites daquilo se precisa.
O designer gráfico não pode assumir a postura de sabichão, assim como o cliente. As partes devem buscar compreender a importância de um e o outro para que a solução seja honesta e coesa sobre o que se pretende transmitir ao espectador.
Tendo ambos interagido e concluído as devidas delimitações daquilo que é o caminho ideal a se seguir, torna-se fácil atingir, por parte do designer, uma solução lógica e objectiva ignorando aquilo que são os gostos pessoais no acto da materialização de uma ideia que vai surgir como consequência da sua experiência. Em outras palavras transformar uma ideia subjectiva em uma ideia geral objectiva (A que todo mundo consiga compreender a mensagem e descodificar de forma eficiente, assim como proporcionar o prazer no acto da interacção do público com a obra, tal como acontece quando nos sentamos em uma cadeira confortável projectada por um designer).
O designer faz o uso das ferramentas que dispõe para materializar a ideia, pressupondo que ela ainda seja abstracta, assim como buscar aprender novas técnicas consoante as necessidades que possam surgir para poder materializar as ideias, claro que o tempo de entrega também condiciona o caminho a se seguir. É aquela frase: “a forma segue a função”.