É bastante comum que a coisa que nos impressiona pode também nos condicionar a um ciclo vicioso, principalmente se a coisa a que nos referimos for um computador. Mais ainda, descobrir o mundo que há por dentro dele – softwares, principalmente aos que desenvolvem cedo a curiosidade de querer comunicar algo através de elementos visuais; ficam fascinado com os programas de edição como Paint, por exemplo.
Em paralelo a essa realidade, uma criança que é ensinada técnicas de desenho, fica fascinada com a possibilidade de dar vida a algo, ver nascer algo diante de uma folha branca. Esta mesma criança aprende a estabelecer um contacto estreito entre o seu cérebro e as mãos, sendo o primeiro músculo responsável por ordenar comandos aos restantes músculos que esta criança possui.
Tendo em conta as diferentes realidades, é crucial que a gente entenda que nenhuma realidade é melhor que a outra, porém, biologicamente, sabemos que temos um sistema condicionado pelas experiências dos nossos antepassados.
Da mesma forma que a leitura ou a escrita não são actividades naturais, e sim formas que o homem arranjou para transmitir suas ideias ao seu semelhante, a comunicação visual é também bastante antiga e condicionada. Talvez seja por isso que o sangue como cor vermelha que esteve sempre associada a morte seja facilmente relacionada ou usada para indicar perigo, da mesma forma que a abstração do coração vermelho que conhecemos sugere amor. Todas essas ideias são só percebidas visualmente, neste momento em que lês, por exemplo, através da imaginação.
A cor, nestes dois exemplo descritos começa a ganhar significados polissémicos, onde ao querer usar as cores se torna necessário considerar o contexto em que ela será aplicada, logo a comunicação visual pode ser acidental porque o homem, como as crianças descritas acima, possuem técnicas de dar vida a algo com a intenção de comunicar, porém quando se pretende comunicar algo de forma intencional é necessário um estudo minucioso sobre como os elementos serão articulados para compor uma mensagem que possa ser verdadeiramente compreendida.
Ter computador não garante que sejamos bons comunicadores visuais, é necessário mais do que isso ou viver com computadores irá simplesmente sugerir ideias engraçadas.