Em Moçambique o design gráfico está numa fase
embrionária, não obstante a alta procura no mercado, principalmente com o
impacto da COVID-19 que obrigou as empresas a buscarem por meios criativos e
eficientes para se comunicarem com o público.
Há nesses fenómenos questões por se analisar como é o
caso da forma que um designer procede. Para compreendermos essas questões
precisamos esclarecer que design não é ilustração, e muito menos arte.
Entretanto, dependendo do treinamento que o designer se
submete, pode fazer o uso de ilustrações, tipografias, fotografias e outras
habilidades adquiridas durante o seu treinamento para comunicar uma ideia, ou
pode articular todo esse conjunto em uma única peça e, graças a metodologia que
um verdadeiro designer faz uso, a ideia chega ao espectador de forma clara e
objectiva, atingindo o subconsciente sem ruídos para criar uma resistência na leitura
da mensagem. Dito isso, a informação roça o cérebro como um verdadeiro
cavalheiro conquistando uma bela donzela.
Design, como profissão, ainda não está clara na mente de
muita gente, e isso não se deve apenas ao facto de design ser uma área recente
no nosso país, mas pela dinâmica actual. Hoje em dia surgem várias
terminologias para poder vender; “today
is all about the Money”. Não é
novidade que design gráfico é uma das áreas com muita procura, não obstante a
falta de clareza da sua função, principalmente para quem quer ganhar dinheiro
rápido, não que eu seja contra quem queira ganhar dinheiro sendo designer e sim
contra quem quer ganhar dinheiro sendo designer sem investir na sua própria educação.
“Nem tudo é design, mas design tem a ver com tudo”. Há
quem poderá dizer que um designer gráfico não cura o câncer, claro, mas o
designer gráfico ajuda a comunicar a cura do câncer. Design gráfico é um campo
que requer responsabilidade e compromisso, isto, além de um conhecimento que só
a experiência poderá proporcionar.
É na busca pelo dinheiro que começa a surgir poeira nessa
área. Não que eu esteja a ser eufemista, pois o design gráfico tem fins
comercias e reconheço que um bom design não é barato; nem caro, apenas bom
investimento. Contudo, vendas de livros, conteúdos na internet, cursos, e etc.
têm contribuído para que se levante muita poeira. Será que é mau vender livros
ou cursos? Claro que não, a gente precisa desses materiais, mas a sua produção
deve partir de uma real necessidade e não como pretexto que sirva somente para
benefícios monetários, pois aí são inventadas terminologias que enterram as
palavras substanciais que servem como ponte na compreensão da essência de
design.
Portanto, aos designers não basta estudar as ferramentas
– o que é muito importante – tem que ir atrás dos fundamentos que norteiam
design também, e mais uma dica, buscar compreender a lógica da natureza ajuda a
ter clareza da função real de um verdadeiro designer.
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design, e juntos podemos melhorar o mundo com design gráfico.
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