As pessoas quando começam a trocar ideias num primeiro encontro vão, paulatinamente, formando a personalidade um do outro através das suas características como o tom da voz, as suas posturas física, dos seus gestos corporais e mais.
Quando elas se encontram um mês ou um ano depois, sendo que um deles encontra-se constipado, a primeira coisa que a outra pessoa irá perguntar é: tudo bem consigo? Analisando este exemplo, podemos concluir que a pessoa detectou algo que não faz parte da identidade construída sobre o seu conhecido; neste caso, a voz. Se do outro lado termos uma pessoa nova a quem a pessoa constipada conhece naquela situação, é obvio que essa nova não terá a mesma questão tal como a pessoa que o conheceu em outras circunstâncias – sem constipação.
Esta analogia pode se relacionar com a importância existente em todo tipo de comunicação, mais especificamente a visual. Toda comunicação é direccionada a alguém. Entre duas entidades que precisam comunicar com o seu público, é sensato afirmar que terá melhores resultados aquela que, para além de querer falar numa linguagem universal, escolhe falar numa linguagem compreendidas por um grupo limitado. Porém a comunicação quando estiver disposta ao mundo despertará algum interesse em quem vê, mas a quem realmente a mensagem se destina a comunicação é efectuada com sucesso, facto este observado através dos feedbacks.
Estamos todos com vontade avassaladora de expressar algo e esquecemos que é a ideia que deve ser expressa através de uma imagem, ou através das palavras, por exemplo.
A construção de uma voz para marcas não pode ser algo que se deve ater, pura e simplesmente ao agrado das pessoas. Há o que é bom sem substância, e tudo que é substancial um dia prova o seu valor através da consistência.
Consistência não é repetição. E como se manter consistente sem repetir? É, na verdade uma tarefa simples e, todo mundo sabe que o simples não é sinónimo de fácil. Entretanto, durante a criação de um sistema de comunicação visual é necessário criar, considerando o propósito da entidade ou da marca para tenha várias possibilidades de articulação dos elementos para transmitir sempre a mesma ideia sem repetir e se conectado mantendo a sua essência.
Por isso que os Redesigns mais abruptos tendem a ter reações negativas por parte do público, porque é como se a marca estivesse a perder a sua autenticidade, porém quando o público consegue compreender a ideia do novo posicionamento da marca facilmente tolera mudanças e fica feliz.
A comunicação é fundamental, mantenha sempre a autenticidade da tua marca e se conecte melhor com o seu público.
