O design, na sua origem, surge como meio que visa estabelecer uma comunicação efectiva entre o emissor e o receptor de uma determinada mensagem. Porém, ela com o tempo foi ganhando diversas funções inerentes a construção de significados, como consequência da evolução científica, tecnológica, e as demais áreas que transformam a nossa percepção do mundo.
Entre vários aspectos do design como linguagem, há relevância em se debruçar sobre o aspecto económico como resultado dessa actividade. Basicamente, através do design é possível reduzir os futuros gastos desnecessários em contratar um possível designer para criar algo que podia ter sido estabelecido no início da construção do sistema de comunicação.
Para simplificar o que foi dito acima, vou ilustrar através de um projecto de identidade visual que criei para a BioMec, empresa que se dedica na criação de diferentes próteses com base em materiais reciclados; empresa essa fundada pela Marta Vânia Uetela.
Através de uma mentoria de duas semanas, qualquer um que quisesse mexer a marca conseguiria criar elementos que quisesse através do módulo estabelecido com vista a manter a coerência, facto este que foi provado quando a Marta Vânia Uetela teve uma mentoria sobre o processo de criação tipográfica organizado por mim, Átila e a team da Dezaine Talk com o tipógrafo Brasileiro Buggy.
Depois dessa mentoria a Marta foi capaz de desenvolver os números sem precisar de ajuda de um designer gráfico, assim como este ano, no âmbito da comemoração do dia de África, ela foi capaz de criar o mapa de África usando o sistema modular associado a marca, possibilitando uma certa caracterização da voz da marca.
