Sem necessidade de falar da história do design, a cada dia e com vários estudos feitos pelos profissionais da área, é sensato afirmar que quanto mais dados possuirmos nas nossas mentes em relação a função do design mais nos tornamos consciente do seu poder.
Durante as minhas pesquisas sobre tipografia e textos como elementos do design, deparei-me com uma frase bastante interessante que me levou a reflectir sobre o motivo que faz-nos usar textos e vários elementos nas imagens, considerando a máxima de que uma imagem vale mais que mil palavras. Segundo Ellen Lupton, uma das características mais humanas do design é, na verdade, ajudar os leitores a evitar a leitura.
Hoje mais do que nunca, é necessário que nós designers trabalhemos bastante em prol da caracterização visual. E isso só se consegue com abdicação do uso de “estilos” populares. Tendência é algo fatal nos dias de hoje. Muitos designers têm assumido uma postura que os impele a ficar estagnados no tempo; sempre em busca de criar algo original sem inovar.
É necessário que percebamos que o que gera a inovação, muito mais do que a experiência dos designers, é a natureza dos projectos com os quais os designers são confrontados, pois eles se apresentam como desafio que os obrigam a usar os dados que tem na mente e relacionar com os dados que serão encontrados durante a pesquisa para compor uma mensagem disposta de forma peculiar.
Um layout pode ser percebido como sendo um prato, este prato que carrega vários ingredientes com diferentes sabores, mas que unidos e bem temperados ganham um sabor único e que satisfaça ao consumidor final.
As imagens, os textos, as texturas, as cores e os demais elementos devem ser compostos de modo a formarem uma mensagem sem nenhum elemento exibir-se mais que o necessário, onde que no primeiro contacto já esclarece o conteúdo que se pretende transmitir sem dar muitas voltas.