Quando os criativos que trabalham em colaboração para resolver um dado problema de comunicação visual precisam delimitar o problema que lhes é colocado ou que se pretende resolver.
Essa delimitação do problema, que consiste, basicamente, em estabelecer bases e direcções criativas pode ganhar ramificações de diversa natureza; sendo essas negativa ou positiva.
A ânsia dos criativos demonstrarem as suas habilidades pode influenciar negativamente na solução do projecto, se estes não se tornarem activos, lógicos e conscientes do problema que têm em mãos.
Olhar para um problema de comunicação implica considerar a capacidade associativa de quem a mensagem se destina, o público, neste caso.
Uma caixa criativa ou filtro criativo precisa considerar não somente a perspectiva de quem cria, o que muitas vezes acontece por empolgação e/ou negligência do poder que a pesquisa pode agregar aos projectos.
Os filtros na comunicação visual obedecem a diferentes etapas, nelas podem destacar-se as intuitivas para lógicas, perspectivas subjectivas para objectivas gerais, e os filtros mais complexos centrados nas barreiras cognitivas do público final, assim como os seus desejos, suas crenças e seus valores.
Uma peça eficaz não só nos transmite a informação, ela gera também a interação intelectual num processo associativo que nos faz querer conhecer profundamente o que se pretende comunicar.