Se é problema, não sugira soluções

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Todo problema contém em si uma solução, embora esta não seja primeiramente identificável, estudar e compreender a natureza do problema e a particularidade do projecto revela, naturalmente, possíveis soluções reais. 


As soluções, por sua vez, fazem nascer um novo problema. Por este motivo que qualquer projecto de comunicação visual precisa ser estudado na sua essência de modo a se antecipar os futuros problemas que podem vir a surgir. 


Hoje em dia há bancos de dados bem vastos de referências que com determinadas palavras-chave pode se obter diferentes materiais que possam servir de inspiração, e esta possibilidade traz consigo um factor negativo que é o risco de se buscar o mais óbvio que vai condicionar, simultaneamente, os resultados de qualquer um que faça o uso das mesmas. Embora se considere que nem todos olham determinadas coisas da mesma forma.


Entretanto, o design gráfico além das referências visuais feitas, igualmente, por um designer, faz o uso daquilo que é fornecido pela natureza do projecto, onde um simples vaso pode servir de inspiração, um simples som pode servir de inspiração, um simples poema pode sugerir uma inspiração. Logo, ao colocar-se um problema a um designer, deve-se esperar algo ou solução que reflecte a natureza do problema, algo que de facto surpreenda a audiência.


Por tanto, sempre que nos deparamos com um problema aceitamos as sugestões, pois nos fazem compreender, minimamente, do que se trata o problema em mãos, apesar de não refletirem directamente ao determinado projecto. Para todos os problemas de comunicação visual, optar imediatamente em ideias preconcebidas faz com que não se explore as várias possibilidades que só nasceriam pela existência da necessidade que origina o determinado problema.