Há designers que durante o processo da resolução de um
problema na comunicação visual fazem o uso da metodologia projectual, que em
alguns casos chegam a desenvolver suas próprias maneiras de proceder. Como há
também designers que simplesmente chegam a solução de um problema sem ter
seguido a metodologia projectual, um caminho, uma direcção.
Como disse no artigo Design gráfico e sua metodologia, o uso de metodologias projectuais para alcançar
uma solução pode ser usado como critério para caracterizar a postura
profissional adequada de um(a) designer gráfico(a), como é o caso do primeiro.
Partindo do princípio de que um(a) designer gráfico(a),
antes de começar a procurar por “ideias criativas” precisa conhecer a
necessidade do cliente – entender, neste caso, o que motiva a necessidade de se
ter “ideias criativas” – para posteriormente conhecer a natureza do problema e
projectar ou trazer soluções que sejam mesmo criativas por satisfazer a real
necessidade do cliente e melhorar a comunicação em termos de eficiência na
leitura, entreter, informar, sugerir, persuadir, educar, apelar e tudo isso
inserido sob um determinado contexto.
É importante salientar que a solução trazida não pode simplesmente
ser uma ideia que o(a) designer acredita ser adequada simplesmente porque acha
a ideia boa baseado(a) em gostos pessoais; isto é, a solução deve ser um
reflexo da necessidade do emissor (cliente) e o receptor (público-alvo do
cliente). Entretanto, o designer gráfico não inventa, ele já foi dado as
informações necessárias para arranjar uma solução que seja compreensiva e
convincente dentro de um contexto.
Considerando que designers não têm habilidades para ler mentes,
como irão saber qual é a solução adequada para determinado público e em
determinado contexto? Podemos nos questionar. É sobre esse assunto que iremos
abordar na próxima semana.